O gerenciamento de resíduos sólidos está entre as preocupações do trabalho da Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara de Campinas para o próximo semestre. Quem adianta é o vereador Luiz Carlos Rossini (PV), presidente da Comissão, que conta também com os vereadores Jeziel Silva (PP), Jorge Schneider (PTB), Luiz Henrique Cirilo (PSDB) e Zé Carlos (PSB).

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De acordo com o parlamentar essa discussão começou no primeiro semestre, mas agora será intensificada. “O foco deverá ser a retomada da utilização do Delta para levar o lixo da cidade. Mais que isso, estudar o projeto que a Secretaria de Serviços Públicos está elaborando como solução para os resíduos, porque voltar a utilizar o Delta significa prolongar sua vida útil por mais alguns anos, sendo que nós precisamos é acabar com os aterros, segundo a nova diretriz da Política Nacional de Resíduos Sólidos”, salienta Rossini.

Criada em 2008, com o desmembramento da comissão de política urbana e meio ambiente, a Comissão de Meio Ambiente tem como principal responsabilidade emitir parecer sobre todos os projetos de lei que tenham como tema a questão ambiental. No primeiro semestre o grupo trabalhou na fiscalização das leis municipais relacionadas ao tema.

“A Comissão esteve atenta à legislação produzida pelo Executivo e acompanhamos a implantação de dois programas municipais, o Plano Municipal do Verde – que pretende resgatar a área verde do município – e o Plano Municipal de Recursos Hídricos, que trata da recuperação das nascentes e preservando aquelas que ainda estão intactas”, lembra o parlamentar.

Rossini fala ainda de sua preocupação em relação à água. “Apesar de estarmos com o sistema Cantareira se recompondo, nós precisamos pensar no futuro. Se nós tivermos uma estiagem como em 2014, como a gente se prepara para evitar o desabastecimento?”, questiona.

Delta A

Em abril deste ano a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) autorizou a Prefeitura de Campinas a usar, até setembro de 2017, o aterro Delta-A. No entanto, a administração municipal terá que cumprir 25 exigências do órgãopara que a reabertura, de fato, aconteça.

A interrupção da deposição de resíduos ocorreu em abril de 2014, quando o maciço do lixo atingiu a altura máxima de 640 metros, contados a partir do nível do mar, e a Cestesb decretou o fim da vida útil da área.

Desde 1992, o local recebia os detritos domésticos de Campinas. Hoje, são produzidas 1,2 mil toneladas por dia na cidade. Uma obra de reestruturação do solo também está sendo feita e o Conselho Municipal de Meio ambiente já se posicionou contra a volta do Delta A. O assunto também está sendo analisado pelo Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público de Campinas.

Enquanto isso, as toneladas de lixo produzidas na cidade continuarão sendotransportados, depositados e tratados pela usina Estre Ambiental, em Paulínia a um valor de R$ 40 milhões por ano.