Luiz Carlos Rossini definiu, por uma lei sancionada pelo prefeito Jonas Donizette, o dia 02 de dezembro como o Dia Municipal do Samba. Instituído para homenagear uma das manifestações culturais mais populares do Brasil, a data é comemorada nacionalmente há 50 anos.
Rossini propôs essa medida porque uma lei municipal estabelecia a comemoração do Dia Municipal do Samba, um sábado antes do Carnaval. Entretanto, a maioria dos músicos e artistas ligadas ao samba fazem suas festividades de comemoração ao Dia do Samba no dia 02 de dezembro.
“Para celebrar no dia 02 de dezembro a história e a cultura desse estilo musical de raiz africana, seria de extremo bom senso unificar em nosso município esta importante data do calendário social do Brasil”, afirmou o vereador.
Histórico
É importante lembrar que a data do Dia Nacional do Samba foi criada em homenagem a Ary Barroso, pela composição da música “Na Baixa do Sapateiro” e marcou a primeira visita dele a Salvador.
Inicialmente, o Dia do Samba era comemorado apenas na capital soteropolina, mas acabou transformado em data nacional e hoje é comemorado em shows e festas, na qual todos os participantes reverenciam o gênero musical genuinamente brasileiro.
No Brasil, acredita-se que o termo “samba” foi uma corruptela de “semba” (umbigada), palavra de origem africana – possivelmente oriunda de Angola ou Congo, de onde vieram a maior parte dos escravos para o Brasil.
Um dos registros mais antigos da palavra apareceu na revista pernambucana O Carapuceiro, datada de fevereiro de 1838, quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama escrevia contra o que chamou de “samba d’almocreve” – ou seja, não se referindo ao futuro gênero musical, mas sim a um tipo de folguedo (dança dramática) popular de negros daquela época. De acordo com Hiram da Costa Araújo, ao longo dos séculos, as festas de danças dos negros escravizados na Bahia eram chamadas de “samba”.
O samba carioca foi proclamado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no dia 30 de novembro de 2007. Surgido de influências do samba de roda do Recôncavo Baiano, na segunda metade do século 19, tem características próprias: é acompanhada por pequenas frases melódicas e tem refrões de criação anônima.
No Brasil as matrizes do samba tombadas pelo Iphan são o “partido alto”, “samba de terreiro” e o “samba de enredo” do Rio de Janeiro e o “samba de roda do Recôncavo Baiano”. Fazem parte do Livro de Registro das Formas de Expressão, que compreende como patrimônio bens de natureza material e imaterial da identidade cultural brasileira.