Como forma de prestar homenagem ao Jubileu de Ouro da Associação de Educação do Homem de Amanhã, a Guardinha, Rossini apresentou um Requerimento de Aplauso pelos 50 anos de organização prestados na capacitação dos jovens de Campinas.
Veja a íntegra do Requerimento de Aplauso
REQUERIMENTO DE APLAUSO_______/2015
EMENTA: APLAUDE A ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO DO HOMEM DE AMANHÃ, A “GUARDINHA”, PELOS SEUS 50 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS NA CAPACITAÇÃO DOS JOVENS DE CAMPINAS.
A Associação de Educação do Homem de Amanhã (AEDHA), organização não-governamental de fins não-econômicos, foi fundada como entidade filantrópica em doze de novembro de um mil novecentos e sessenta e cinco. Sucedia, à época, a Guarda de Automóveis de Campinas, criada em 1939, de onde advém a denominação “Guardinha”.
De fato, nos anos quarenta e cinquenta, no tranquilo centro da cidade de Campinas podia se ver meninos tomando conta de veículos, num tempo sem violência e marginalidade endêmicas. Mesmo assim, ficavam os garotos à mercê de gorjetas pouco educativas dos adultos que se compadecessem de sua condição de carência, no padrão da cultura social da época.
Nesse contexto, Ruy Rodriguez, então presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) e – por questão estatutária daquela entidade – também presidente da “Guarda de Automóveis de Campinas”, percebeu que, muito mais que mera gratificação eventual, seria imprescindível oferecer aos pequenos meninos um programa de atendimento que lhes propiciasse oportunidades de aprendizado para iniciação profissional (o ensino público obrigatório cobria apenas os quatro primeiros anos ou o “curso primário”).
Foi então que, com sua grande habilidade de liderança social, mobilizou um grupo de cidadãos e, após longo tempo de estudos e preparação, fundou a Associação de Educação do Homem de Amanhã (AEDHA), em novembro de 1965.
Fazia parte da proposta inicial da entidade o desenvolvimento de cursos para aprendizagem de ofícios que se supunham adequados à época, e a instituição chegou a montar oficinas para sapataria, confecção de peças de vestuário, marcenaria, entre outras. Desenvolviam-se atividades culturais e esportivas, inclusive com uma banda musical com apresentações oficiais.
Porém a cidade mostrava sua vocação para novas tecnologias e os jovens revelavam seu interesse por atividades na área administrativa, de tal modo que passaram a receber, quase como proposta exclusiva, preparo básico para atuar – durante seu período de estágio laboral – como auxiliares de escritório, com atividades tais quais as costumeiramente denominadas de office-boys.
E, com o passar do tempo, e as ações consistentes da instituição, office-boy passou a ser sinônimo de “guardinha” no município e mesmo em outras localidades. Em abril de 1974, a entidade passou a acolher inscrições de meninas, ampliando a abrangência de seu olhar para o acompanhamento da juventude, no próprio ritmo das conquistas femininas por mais espaço de cidadania.
Além disso, a própria entidade ficou popularmente conhecida como “Guardinha”, embora seu objetivo institucional e suas ações programáticas sempre tenham se desenvolvido como um programa sócio educativo na qual as atividades laborais fossem firmadas por meio de conteúdos e de ambientes educativos que viessem a otimizar o desenvolvimento dos adolescentes atendidos.
A proposta da AEDHA enraizou-se na cidade de Campinas e disseminou-se por todo o Estado de São Paulo e o Brasil, sempre com a finalidade de oferecer a jovens de poucos recursos sociais e econômicos oportunidade para reforço em seu processo educativo e de formação, oferecendo-lhes alimentação (incluindo desde café da manhã até jantar, cuidados médicos e odontológicos, reforço escolar, paralelamente à preparação em aulas com conteúdo básico que lhes permitissem iniciar atividades junto a empresas e órgãos públicos).
A “Guardinha” tendo sido uma instituição pioneira no olhar e ação formativa do jovem para a qualificação para o mercado de trabalho, divulgando um modelo que foi absorvido por outros municípios e incentivando a criação de outros programas com os mesmos objetivos.
Precursora da qualificação de jovens aprendizes difundida em todo o País, a associação se projeta para o futuro com o desafio de manter a mesma qualidade de formação dos jovens, que atualmente são 1,2 mil atendidos.
No último dia onze de novembro, um jantar comemorativo do Jubileu de Ouro realizado no salão social do Tênis Clube, no Cambuí, com mais de 350 convidados, marco as festividades de aniversário da “Guardinha”, que formou ao longo de cinco décadas 60 mil jovens. Por ano são formados 1,2 mil, com idades entre 14 e 24 anos. A meta é que a “Guardinha” possa formar pelo menos 300 jovens a mais daqui para frente.
Ao longo desse período de existência, a AEDHA conquistou como parceiras cerca de 3.500 empresas e órgãos públicos — os principais responsáveis pela manutenção da associação. Uma das novidades que será colocada em prática a partir de fevereiro de 2016 será o ingresso dos jovens no setor comercial.
Na “Guardinha”, o jovem tem um contrato de um ano. Durante seis meses, ele recebe diversos tipos de ensinamentos, como noções de informática ou como escrever um ofício, um memorando. Depois, tem mais meio ano na prática. A procura parece ter aumentado nos últimos anos. Ao todo são 100 funcionários, sendo aproximadamente 70 professores que atendem a quatro turmas de aprendizes, das 8h às 18h.
Assim, diante do exposto e dentro do papel que compete ao nosso mandato de vereador, apresento o presente Requerimento de Aplauso parabenizando a Associação de Educação do Homem de Amanhã, a “Guardinha”, pela passagem dos seus 50 anos, prestando serviços institucionais, educacionais e promovendo ações programáticas para o desenvolvido profissional dos jovens de Campinas.
Que do deliberado seja dada ciência à diretoria da Associação de Educação do Homem de Amanhã, a “Guardinha” de Campinas.
Sala das Reuniões, 11 de Novembro de 2015
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Luiz Carlos Rossini
Vereador/Líder/PV