Luiz Rossini e Ailton da Farmácia apresentaram projeto de lei que visa a proteção de abelhas silvestres nativas e sem ferrão, chamadas de meliponíneos. Essas abelhas são polinizadoras naturais das plantas, consideradas essenciais à sustentabilidade do meio ambiente.

A ação humana e a forma como o homem está usando a agricultura têm causado impactos severos na reprodução das abelhas, especialmente, com o uso indiscriminado de agrotóxicos. As abelhas surgiram há cerca de 125 milhões de anos; são 20 mil espécies no mundo, sendo 420 que vivem em comunidade. Destas, 300 espécies estão no Brasil.

De acordo com o biólogo e especialista em abelhas, Ricardo Rodrigues de Camargo, embora as abelhas sejam muito antigas e tenham sobrevivido a diversos fenômenos naturais, a ação do homem tem sido a mais contundente na destruição.

Para Rossini, Campinas pode ser um diferencial na questão ambiental e ter papel fundamental para propagar ações educativas de proteção às abelhas. “Com o projeto, estamos envolvendo o Poder Público na educação ambiental. Estamos lançando a semente de uma série de ações, como transformar Campinas na primeira ‘Cidade Amiga das Abelhas’. Vamos despertar a nossa consciência e atenção para a garantia de biodiversidade e produção de alimentos”, frisou Rossini.

Já Ailton da Farmácia lembrou que, na última terça-feira, foi celebrado o Dia Nacional da Abelha. “Muitas pessoas, por desconhecimento, exterminam colmeias e outras, por maldade, estão acabando com as abelhas. O projeto incentiva o resgate de colmeias que estejam em locais de risco pelos produtores oficiais ou pessoa capacitada pelos órgãos ambientais. Quando uma pessoa vê um enxame, a primeira atitude é colocar fogo. Essa não é uma atitude correta. As abelhas precisam ser removidas, resgatadas e recuperadas”, disse Ailton.