Requerimento de Aplauso, apresentado por Rossini, na Câmara de Campinas, comemora os 111 anos da Arquidiocese de Campinas celebrados no último dia 7 de junho.

Veja a íntegra do Requerimento de Aplauso

REQUERIMENTO Nº ____________ DE

Do Sr. Luiz Carlos Rossini (PV)

APLAUDE A ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS PELA CELEBRAÇÃO DE SEUS 111 ANOS COMEMORADOS NO ÚLTIMO DIA 7 DE JUNHO.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Campinas, Marcos Bernardelli,

Nos termos do art. 138 do Regimento Interno, Requeiro Votos de Aplauso a Arquidiocese de Campinas pela celebração de seus 111 anos, comemorados no último dia 7 de junho.

A Arquidiocese de Campinas celebrou, no último dia 7 de junho, 111 anos de sua criação; mais de um século em que a “Palavra”, junto com a alegria da vivência sacramental, sustentou essa caminhada no serviço da caridade, acolhendo sempre os preferidos de Deus, uma marca da Igreja Católica.

E a história da nossa Arquidiocese é muito rica culturalmente e caminha junto com a história da cidade. Campinas do Mato Grosso surgiu com a vinda de exploradores jundiaienses para a região que se iniciava em Rocinha (Vinhedo) e se estendia até o Rio Atibaia pelos lados de Mogi dos Campos (Mogi Mirim). Procedente de Taubaté, chegou ao povoado, em 1741, Francisco Barreto Leme, fundador de Campinas, acompanhado de imigrantes lavradores, localizando-se na região onde fica o atual bairro do Taquaral.

Foi Dom Frei Manuel da Ressurreição, do Bispado de São Paulo, quem permitiu a construção da primeira capela provisória. A Paróquia foi criada em 14 de julho de 1774, tomando posse o pároco Frei Antônio de Pádua Teixeira. Terminada a construção, sede da Freguesia Nossa Senhora da Conceição, onde é hoje a Basílica Nossa Senhora do Carmo, Frei José Monte Carmelo Siqueira inaugurou-a em 25 de julho de 1781. A Matriz nova, atual Catedral Metropolitana, começou a ser construída após decisão tomada em uma reunião realizada em 6 de outubro de 1807. Tendo as obras sido paralisadas por falta de recursos, a Matriz somente pode ser inaugurada 76 anos depois, em 8 de dezembro de 1883.

No Pontificado do Papa Leão XIII, nos fins do século 18, surgiu a ideia da criação da Diocese de Campinas. A Diocese, entretanto, foi criada por ordem do Papa Pio X, ocorrida em 7 de junho de 1908. A nova diocese era o resultado da execução da Bula Pontifícia Diœcesium Nimiam Amplitudinem pelo qual a diocese de São Paulo fora elevada a Arquidiocese, dela fazendo parte a Diocese de Curitiba, desanexada da província eclesiástica de São Sebastião do Rio de Janeiro e as cinco novas Dioceses: Taubaté, Campinas, Botucatu, São Carlos e Ribeirão Preto, fixando anexo à Arquidiocese como parte integrante do seu território o Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

A Bula do Santo Padre Pio X foi executada por Dom Alexandre Bavona, Núncio Apostólico, no dia 8 de setembro de 1908. A proclamação da execução desse decreto e consequente inauguração da Diocese, por ordem do Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, foi feita no dia 18 de outubro de 1908, na Catedral, então Matriz de Nossa Senhora da Conceição, pelo Monsenhor Francisco de Campos Barreto. Com a posse do primeiro Bispo, Dom João Batista Corrêa Nery, no dia 1º de novembro de 1908, a Diocese de Campinas se tornou uma realidade, de jure e de fato.

Em 19 de abril de 1958, o Papa Pio XII na Bula Pontifícia Sacrorum Antistitum criou a Província Eclesiástica de Campinas, elevando a Igreja Catedral ao título, dignidade e grau de Igreja Arquiepiscopal Metropolitana e seu bispo diocesano, Dom Paulo de Tarso Campos, a Arcebispo Metropolitano.

A Diocese de Campinas, criada em 1908, tinha uma área territorial imensa. Com a criação da Diocese de Bragança Paulista, em 24 de julho de 1925, o município de Socorro se separou da Diocese de Campinas.

Em 8 de março de 1932, o Bispo Dom Francisco de Campos Barreto, reconheceu a veracidade das famosas aparições marianas de Campinas reportadas pela Irmã Amália de Jesus Flagelado e concedeu as devidas autorizações (entre elas, o Imprimatur) para a publicação dos seus escritos (que incluíam as mensagens de Jesus e da Virgem Maria) e das orações da Coroa (ou Rosário) de Nossa Senhora das Lágrimas. Em 20 de fevereiro de 1934, o mesmo prelado publicou uma carta episcopal e reforçou a importância da devoção a Nossa Senhora das Lágrimas.

No dia 26 de fevereiro de 1944, a Diocese de Campinas foi dividida pela primeira vez. O decreto do Papa Pio XII criou a Diocese de Piracicaba. A nova Diocese foi erigida no dia 3 de maio de 1944, tomando posse como Administrador Apostólico o então Bispo de Campinas, Dom Paulo de Tarso Campos.

No Pontificado de Paulo VI, em 5 de maio de 1976, foi criada a segunda Diocese desmembrada de Campinas, a Diocese de Limeira, tendo sido escolhido Padre Tarcísio Ariovaldo do Amaral, como primeiro Bispo Diocesano. A criação da Diocese de Limeira foi um pedido de Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, justificado pelo grande desenvolvimento daquela região e, também, pela grande extensão territorial da Arquidiocese.

Em 23 de dezembro de 1997, o Papa João Paulo II atendeu ao pedido de desmembramento da Arquidiocese para a criação da Diocese de Amparo, designando seu primeiro Bispo, Dom Francisco José Zugliani.

A Arquidiocese de Campinas é composta hoje por 13 Foranias sendo 8 no município (Imaculada Conceição, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Sant’Ana, Santa Mônica, São Francisco de Assis, São João XXIII e São José) e 5 Foranias distribuídas nas demais cidades sendo: Paulínia (Forania Santa Teresinha do Menino Jesus), Sumaré (Forania Cristo Rei), Hortolândia e Monte Mor (Forania Nossa Senhora do Patrocínio), Elias Fausto e Indaiatuba (Forania São José de Anchieta), Valinhos e Vinhedo (Forania Santa Cruz). Essa região engloba uma população estimada em mais de 1,8 milhão de habitantes.

Em 2008, a Diocese de Campinas comemorou seu centenário de criação e a Arquidiocese de Campinas seu cinquentenário de elevação. Agora, em 2019, acolhemos o nosso pastor, Dom João Inácio Müller, que conduzirá a Arquidiocese para um caminho da unidade e do amor.

A grandiosidade da Arquidiocese de Campinas pode ser expressa, também pelas 105 paróquias e 190 padres, incluindo os diocesanos, os religiosos e os residentes, e as diversas Ordens e Congregações, que ajudam a fazer a Igreja “missionária e em saída”, como pede o Papa Francisco.

Por tudo o que representa para Campinas e região, apresentamos o presente Requerimento de Aplauso à Arquidiocese de Campinas pelos seus 111 anos, comemorados em 07 de junho.

Que do deliberado seja dada ciência à Arquidiocese de Campinas, ao arcebispo Dom João Inácio Muller e as 105 Paróquias que compõem a Arquidiocese de Campinas.

Sala de Reuniões, 19 de junho de 2019.

Luiz Rossini (PV)