O secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella, disse na Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Campinas que o edital da Parceria Público-Privada (PPP) para a concessão do sistema de tratamento dos resíduos sólidos da cidade será aberto em junho, com previsão de investimento de R$ 700 milhões.
Este valor engloba todo o processo, desde a coleta até os procedimentos de reciclagem e aterro do material estritamente não-aproveitável, com a construção de três usinas, sendo uma unidade de reciclagem, uma unidade de compostagem e uma terceira, de rejeitos, que poderá produzir carvão.
O processo, em fase de elaboração na Prefeitura de Campinas, obriga ainda o concessionário a investir R$ 17 milhões na capacitação e na estrutura das cooperativas. A proposta é aumentar a coleta seletiva de lixo. Hoje apenas 2% do material coletado é reciclado.
Campinas produz cerca de 1.300 toneladas de lixo doméstico por dia, que são encaminhadas para tratamento no aterro particular da Usina Estre, em Paulínia, já que o Delta ainda aguarda liberação para voltar a operar.
“Vamos acompanhar todo o processo da organização do lixo na cidade, pois a gestão tem de estar de acordo com Política Nacional de Resíduos Sólidos”, disse o vereador Luiz Carlos Rossini (PV), presidente da Comissão de Meio Ambiente.
Rossini ainda recebeu do secretário de Serviços Públicos uma série de respostas aos questionamentos específicos do Fórum Lixo e Cidadania, sobre uma maior participação dos catadores na coleta do lixo reciclável na cidade.
Também participaram da reunião os vereadores Airton da Farmácia (PSD), Jorge da Farmácia (PSDB), Jorge Schneider (PTB), Antonio Flôres (PSB), Zé Carlos (PSB) e Paulo Haddad (PPS).