Presidida pelo vereador Luiz Carlos Rossini (PV), a Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Campinas percorreu as instalações do Aterro Sanitário Delta A na manhã de sexta-feira (24/03) e conferiu in loco que o espaço já está apto a processar os resíduos sólidos da cidade.

Hoje, Campinas produz cerca de 1.350 toneladas de lixo por dia, que são encaminhadas para tratamento em Paulínia. Segundo o secretário de Serviços Públicos Ernesto Paulella, a prefeitura gasta R$ 40 milhões com o serviço por ano, e a volta da operação do Delta A significaria uma economia de mais de R$ 30 milhões aos cofres do município.

O plano de sobrevida do aterro, segundo a prefeitura, contempla a estabilização do solo utilizando os próprios resíduos da cidade para preencher irregularidades na superfície da área do aterro antes de desativá-lo completamente.

Além disso, a licença da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que venceria em setembro, foi automaticamente prorrogada por conta da diminuição dos resíduos gerados no último ano em razão da crise econômica. Isso significa que não haverá sobrecarga no Delta A.

Outro entrave era o aspecto jurídico. O Ministério Publicou acionou a prefeitura na Justiça em meados de 1996 para que evitasse a entrada de catadores no aterro para manipular os resíduos. As barreiras foram colocadas no entorno, mas o processo judicial ficou em aberto. “Agora está tudo regularizado. Só estamos aguardando o posicionamento oficial do Judiciário para podermos operar em definitivo o aterro”, garantiu o secretário.

Para Rossini, conhecer a estrutura do Delta A e tomar ciência das medidas tecnológicas e ambientais apresentadas, além da economia que a operação possa gerar para cidade foi de extrema importância. “Vamos fazer um relatório e enviar com urgência a todos os órgãos envolvidos com o tema. A destinação do lixo na cidade é uma das prioridades da Comissão de Meio Ambiente”, disse.

Rossini ainda convidou o secretário para comparecer à Comissão em abril para apresentar os detalhes da proposta da Parceria Público-Privada para reestruturar completamente o sistema de tratamento dos resíduos sólidos desde a coleta até os procedimentos de reciclagem e aterro do material estritamente não-aproveitável. “A PPP será imprescindível para adequarmos a cidade à Política Nacional de Resíduos Sólidos”, salientou o vereador Permínio Monteiro (PV).

Também estiveram presentes na visita ao Delta A os vereadores Jorge da Farmácia (PSDB) e Ailton da Farmácia (PSD).