Rossini esteve presente, no encontro nacional da Pastoral da Sobriedade, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que há 16 anos atua na recuperação dos que se tornaram dependentes das drogas, na reinserção social e familiar do dependente que passou por um processo de tratamento, no apoio aos codependentes (familiares dos dependentes) e também na prevenção para quem nunca usou drogas.
O evento, denominado Acampamento Pastoral da Sobriedade e cujo tema foi “Na Piedade de Maria, aos pés da Cruz, um chamado a Servir”, reuniu cerca de 10 mil pessoas, na Canção Nova, na cidade de Cachoeira Paulista. “O encontro mostrou mais uma vez toda a riqueza de valores da Pastoral da Sobriedade com seus milhares de agentes pastorais, que modelos de vida em sobriedade e verdadeiros profetas da atualidade”, definiu Rossini.
O encontro começou na sexta-feira com uma missa presidida pelo bispo da Diocese de Lins, Dom Irineu Danelon, fundador e responsável pela Pastoral da Sobriedade no Brasil. No sábado, os pregadores foram o padre Reginaldo Manzotti, de Curitiba, e o coordenador diocesano da Pastoral da Sobriedade na Diocese de Governador Valadares e assessor nacional de Formação, Fernando Barbosa. Dependente químico em recuperação há mais de 10 anos, ele testemunhou: “Na Pastoral me senti amado, pois, mesmo estando há anos em sobriedade, quando falava sobre minha luta percebia que as pessoas ficavam receosas”.
O destaque foi o show do missionário da comunidade Canção Nova, Dunga, que subiu ao palco do Rincão. Em sua juventude usou drogas, até ter um encontro pessoal com Jesus Cristo. Desde 1998 leva a “bandeira” PHN (“Por Hoje Não!”) pelo Brasil e exterior – “só por hoje não beberei, por hoje não vou usar drogas, por hoje não vou me maltratar”.
No domingo, teve a presença confirmada da coordenadora nacional da Pastoral da Sobriedade, Ana Martins Godoy Pimenta. Ela trabalhou o tema “Servir a Exemplo de Maria”. Na sequência, houve um momento de adoração e bênção do Santíssimo Sacramento. O encerramento teve a missa presidida por Dom Irineu.
A Pastoral da Sobriedade
A Pastoral da Sobriedade surgiu em 1996 de um desafio lançado pelo Papa João Paulo II: lutar contra o flagelo da dependência química. Foi na 36ª Assembleia Geral da CNBB, em 1998, que Dom Irineu Danelon propôs uma ação articulada na Igreja, a partir da qual foi implantada a Pastoral da Sobriedade, anteriormente chamada de Pastoral de Prevenção e Recuperação em dependência química. O trabalho é conjunto e envolve o dependente, a família, a Igreja e a sociedade. Atualmente a Pastoral conta com mais de 27 mil agentes nacionais e 1200 grupos de autoajuda.