A Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara de Campinas, presidida pelo vereador Luiz Rossini (PV), vai aprimorar o projeto de lei, de autoria do vereador Rubens Gás (PSC), que obriga restaurantes, bares, lanchonetes e vendedores ambulantes a fornecerem canudos de papel biodegradável ou reciclável e hermeticamente embalados. A determinação surgiu após debate entre várias instituições ambientalistas que estiveram na tarde hoje no Plenário da Câmara discutindo a proposta.

 

 

 

 

 

 

 

Rossini já adiantou que vai propor uma campanha institucional para conscientizar as pessoas sobre as consequências maléficas para o meio ambiente com o descarte do canudo de plástico. Ele quer também alterar a redação do projeto de lei para evitar que o consumidor utilize outros materiais, principalmente copo plástico, como forma de substituir o canudo plástico.

Presente na reunião a socióloga Cláudia Oliveira, representante da entidade Minha Campinas, apresentou dados sobre a forma abusiva do uso do plástico na sociedade. Ela relatou que o plástico é o terceiro material mais utilizado em todo mundo, que 8 milhões de dejetos plásticos são jogados nos oceanos do planeta e que 13% do lixo brasileiro é formado por compostos plásticos. Como alternativa ao uso do canudo plástico, ele citou por exemplo o canudo de papel ou de vidro reciclado, entre outras opções.

Já Maria Celeste Piva, do Fórum da Economia Solidária, afirmou que o projeto de lei dá margem a ampliação da discussão sobre a questão do processo de reciclagem no Aterro Sanitário Delta A.

Para Carlos Alexandre Silva, presidente da Federação dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente, a discussão proposta pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Campinas, é de extrema importância por debater com os setores organizados da sociedade civil formas aprimorar as políticas pública que atendam as demandas da população em relação ao cotidiano e aos impactos com o meio ambiente.

Por fim, a professora Emília Rutkowski, coordenadora do Fórum do Lixo & Cidadania da Região Metropolitana de Campinas, disse que vê o projeto como “simbólico” no sentido que o uso do plástico na sociedade precisa de uma “reflexão” muito maior devido ao consumo excessivo de produtos de derivados de petróleo.