Com a presença de Luiz Rossini (PV), vereador e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Campinas, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, entregou, na manhã desta terça-feira, 3 de julho, a nova Estação de Transferência e Transbordo de lixo no Aterro Delta A, em substituição à antiga área, que era provisória.
A nova estação trará benefícios ambientais, pois evita contaminação no aterro; e operacionais, com melhor fluxo no transbordo do lixo. “Com essa obra, a cidade reafirma seu compromisso com a sustentabilidade, que é uma preocupação desde o início do governo”, disse o prefeito. O vice-prefeito Henrique Magalhães Teixeira também esteve presente.
A estação de transferência recebe todo o lixo domiciliar e o lixo público de Campinas (varrição, restos de vegetação e outros), um total de aproximadamente 1,5 mil toneladas por dia. Esses resíduos ficam armazenados na estação por 24 horas e depois são enviados ao Aterro Estre, em Paulínia, em carretas que comportam 30 toneladas cada.
A nova estação tem 20 mil metros quadrados, recebeu pavimentação asfáltica, drenos de captação e reservatórios de chorume (líquido proveniente da decomposição de matéria orgânica), barreira vegetal e muro de arrimo. “É mais um passo que Campinas dá para se tornar uma cidade sustentável”, disse Rossini.
O investimento na obra foi de R$ 905 mil. Na antiga estação os resíduos eram depositados sobre o maciço de lixo existente no aterro, sem proteção.
Funcionamento e benefícios
Os caminhões da coleta de lixo em Campinas levam os resíduos para a área de transbordo no Aterro Delta A, onde fica armazenado. Enquanto permanece na estação, o chorume que sai desse resíduo é drenado e encaminhado a reatores (receptores de chorume).
O lixo depois é pesado em balanças e transferido ao Aterro Estre, em Paulínia. O chorume coletado é levado a Estações de Tratamento de Esgoto da Sanasa. Com a nova estação, foi feita uma adequação sanitária evitando a contaminação no aterro.
O novo piso é regularizado, o que proporciona melhor facilidade na operação dos sistemas, no trânsito dos caminhões e melhor armazenamento dos sacos de lixo, o que evita a atração de aves.
O Aterro Sanitário Delta A começou a funcionar em janeiro de 1993. Foi o primeiro do Brasil a ter um EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental). Na época em que entrou em operação, o Delta recebia cerca de 500 toneladas de lixo domiciliar por dia.
Atualmente, a Prefeitura de Campinas está utilizando o Aterro Delta apenas como área de transferência e transbordo de lixo. A Administração aguarda liberação judicial para voltar a operar no Delta por até mais dois anos, quando a atividade no aterro deve ser encerrada definitivamente.
O plano é que o lixo seja gerido por meio de uma parceria público-privada, de acordo com todas as regras ambientais definidas pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).