As obras de construção e revitalização de sistema viário do Corredor BRT (Bus Rapid Transit – Ônibus de Trânsito Rápido) Campo Grande foram apresentadas. O trabalho está sendo realizado na Vila IAPI, quase no entroncamento com a Avenida John Boyd Dunlop.

Durante a cerimônia, o prefeito Jonas Donizette também assinou ordens de serviço para o início das obras das estações de transferência Rodoviária, Bonfim e Alberto Sarmento. Na mesma ocasião, foi apresentada a estrutura da Estação de Transferência Vila Teixeira, que será o modelo para as novas estações.

“Essa é uma obra que não tivemos reclamações de vizinhos. Os vizinhos gostaram, pois recuperamos esse local. E é uma obra que está no ritmo que foi programado”, enfatizou o prefeito Jonas. A apresentação das obras já em andamento e autorização para início da construção das estações integram o programa “Campinas em Movimento – 50 Dias de Entregas”. Participaram da solenidade secretários municipais, vereadores, trabalhadores da obra, técnicos da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e convidados.

Principal obra de mobilidade em 40 anos

O novo sistema viário tem entroncamento que liga o primeiro trecho do Corredor BRT Campo Grande à Avenida John Boyd Dunlop. Ainda permite a ligação do Corredor BRT Campo Grande ao Corredor BRT Perimetral. Foi construído no trecho do antigo leito desativado do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Além de novo pavimento, ocorreu a construção de muro de arrimo, obras de drenagem e realização de paisagismo. Os investimentos foram da ordem de R$ 3 milhões.

Já as quatro estações de transferência estão dentro do trecho 1 do Corredor Campo Grande, sendo que a Estação Vila Teixeira é a última parada antes do acesso para a Avenida John Boyd Dunlop. O investimento nos novos equipamentos é da ordem de R$ 6 milhões. A concretagem do pavimento do trecho 1 do Corredor BRT Campo Grande já atingiu 3 km.

“Estamos realizando a principal obra na área de Mobilidade Urbana que Campinas recebe nos últimos 40 anos”, destacou o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro.

BRT Ouro Verde

Em 23 de abril começaram as primeiras obras físicas de implantação do Corredor BRT Ouro Verde. As obras estão concentradas na Avenida Ruy Rodriguez.

Os trabalhos envolvem a construção da Estação de Transferência Santa Lúcia, na região em frente ao Hipermercado Extra Amoreiras; e a construção de uma ponte sobre o rio Capivari, no entroncamento com a Rua Antônia Ceregatti Albieri.

A área de obras tem 340 metros lineares, onde será erguida a futura Estação Santa Lúcia. O trecho total de obras tem 1,6 km. São as primeiras obras do BRT campineiro que envolvem bloqueio viário constante.

Foram colocados tapumes para impedir a circulação de pedestres. Os ônibus foram desviados para as vias marginais. São 13 linhas afetadas: 116; 118; 121; 125; 130; 131; 132; 133; 134; 136; 140; 141; e 142. Essas linhas transportam, diariamente, 62,3 mil passageiros.

A Emdec programou diversas medidas operacionais, entre elas: rota alternativa por dentro do bairro; monitoramento constante do trânsito pelos agentes da Mobilidade Urbana; e reprogramação semafórica.

As duas obras estão dentro do trecho 2 do Lote 4 do BRT. O trecho 2 vai da Estação Campos Elíseos até o Terminal Ouro Verde, com 5,7 km. Avenida Ruy Rodriguez tem circulação média diária de 42,9 mil veículos.

Dados Gerais

O BRT campineiro contempla estações de transferência e infraestrutura adequada; veículos articulados ou biarticulados; corredores exclusivos com espaços para ultrapassagens; embarque e desembarque pela esquerda (junto ao canteiro central das avenidas); embarque em nível; e pagamento desembarcado. O sistema, conforme foi concebido, será seguro, rápido, eficiente e confiável.

O BRT Campo Grande terá 17,9 km de extensão, saindo da região central, ao lado do Terminal Mercado, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, Avenida John Boyd Dunlop, passando pelo Terminal Campo Grande e chegando ao Terminal Itajaí. Serão construídas 12 obras de arte (pontes e viadutos).

O BRT Ouro Verde terá 14,6 km de extensão, saindo do Terminal Central, seguindo pelas avenidas João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, passando pelo Terminal Ouro Verde, Camucim até o Terminal Vida Nova. Nesse trajeto serão construídas quatro obras de arte (pontes e viadutos).

Entre os dois corredores haverá um corredor perimetral, chamado de BRT Perimetral, com 4,1 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT.

Os três corredores BRT do município – Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral – tem custo total de R$ 451,5 milhões. Serão 36,6 km de corredores, com tempo total de obras de três anos e entrega prevista para meados de 2020.

Verba

Do custo total da obra, de R$ 451,5 milhões, a Administração municipal já obteve R$ 390 milhões. Os R$ 60 milhões restantes estão em negociação de financiamento com a Caixa Econômica Federal (CEF).

No início de abril, no dia 10, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, e o prefeito Jonas assinaram Autorização de Início de Objeto (AIO), no valor de R$ 90 milhões, para trecho do Corredor Campo Grande.

Lotes

A elaboração dos projetos executivos e realização das obras dos três corredores BRT foram divididas em quatro lotes.

Lote 1: compreende o trecho 1 do Corredor Campo Grande, que é a ligação entre a região central até a Vila Aurocan, com extensão de 4,3 km, além de todo corredor perimetral, com 4,1 km. O responsável pelo Lote 1 é o Consórcio Corredor BRT Campinas, formado pela Arvek, D. P. Barros, Trail, Enpavi e Pentágono. O valor total do lote é de R$ 88,9 milhões.

Lote 2: trechos 2, 3 e 4 do Corredor Campo Grande. Esses trechos contemplam a ligação da Vila Aurocan até o Terminal Itajaí, totalizando 13,6 km. O trecho 2 é da Vila Aurocan até a ponte sobre a Rodovia dos Bandeirantes, com 5 km. O trecho 3 compreende a ponte da Rodovia dos Bandeirantes até o Terminal Campo Grande, totalizando 6,4 km. E o trecho 4, do Terminal Campo Grande até o Terminal Itajaí, totalizando 2,2 km. Responsável: Empresa Construcap – CCPS Engenharia e Comércio. Valor total do lote: R$ 191,1 milhões.

Lote 3: trecho 1 do Corredor Ouro Verde, que liga a região central até a Estação Campos Elíseos, com 4,8 km de extensão. Responsável: Empresa Compec Galasso. Valor total do lote: R$ 66,5 milhões.

Lote 4: trechos 2 e 3 do Corredor Ouro Verde, que compreende a ligação da Estação Campos Elíseos até o Terminal Vida Nova, totalizando 9,8 km de extensão. O trecho 2 vai da Estação Campos Elíseos até o Terminal Ouro Verde, com 5,7 km. E o trecho 3 liga o Terminal Ouro Verde até o Terminal Vida Nova, com 4,1 km. Responsável: Consórcio BRT Campinas (Artec; Metropolitana). Valor total do lote: R$ 104,9 milhões.