Primeiramente é preciso esclarecer que a Comissão Especial de Estudos sobre a população de rua foi criada para analisar e discutir a situação dos moradores de rua de Campinas, principalmente na região central da cidade.
O objetivo principal é fazer um mapeamento e conhecer o perfil dessa população, como a distribuição por sexo, a idade, a escolaridade, a naturalidade, a situação familiar, o comprometimento de saúde, o uso de drogas entre outras coisas.
A Comissão está ouvindo todos os setores e os atores envolvidos com essa triste e complexa realidade. A ideia não é impedir que pessoas ou entidades façam a doação e entrega de alimentação aos moradores de rua. A intenção é conhecer todas as iniciativas nesse sentido e fazer um cadastramento, para poder organizar o serviço. Atualmente, por falta de organização e regras, muitas vezes, no mesmo dia e horário, várias entidades estão distribuindo alimentos, que além do desperdício provoca a sujeira nas calçadas, nas marquises das lojas e na própria catedral.
A proposta é criar um espaço na área central, com cozinha comunitária, refeitório com mesas, cadeiras pratos e talheres, com sanitários, onde as entidades possam se revezar, várias vezes ao dia, ao longo de todos os dias e praticarem seu ato de caridade. Não me parece mais adequado e humano, permitir que essa população coma com as mãos, muitas vezes sem nenhuma higiene, sentada nas calçadas, onde fazem suas necessidades fisiológicas. Isso não é a forma adequada de ajudar o próximo.
Aproveitando, quero dizer sou agente da Pastoral da Sobriedade e, há quase 30 anos, me dedico a ajudar pessoas e famílias que sofrem com o problema das drogas e combato, dentro do meu partido e em todos os lugares, a ideia de legalização das drogas.
(Luiz Rossini)