O aleitamento materno é um ato de amor, é fundamental para o desenvolvimento da criança, gera inúmeros benefícios não só ao desenvolvimento da criança como à saúde da mãe. No entanto, ainda há quem constranja quem está amamentando uma criança em público ou mesmo estabelecimentos que proíbam a prática em seus espaços. Em Campinas, porém, este tipo de ação retrógrada contra mulheres e crianças passará a ser contra a lei: os vereadores de Campinas aprovaram na noite desta segunda (15), em votação final, um projeto de lei (substitutivo total) que determina o direito ao aleitamento materno em qualquer lugar, independentemente se houver ou não um local específico para isso.
“O PL surgiu como uma iniciativa original do vereador Carmo, encampada também pelo vereador Antonio Flores e por mim no substitutivo, no qual encorpamos adequações à iniciativa original. Todos temos que ter consciência do que representa a amamentação e garantir esse direito consagrado a mulheres e crianças em todo nosso país”, pontuou o parlamentar Luiz Carlos Rossini, que também é coautor da proposta.
O projeto especifica que o direito a amamentar pode ser exercido em lugares abertos ou fechados, destinados a comércio, cultura, recreação ou prestação de serviço, sejam privados ou públicos. O estabelecimento que proibir ou constranger o ato será multado em 300 UFICs (R$ 930) e, em caso de reincidência, o valor dobra. As multas decorrentes das infrações serão encaminhadas para o Fundo Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente.
“Nos entristece olhar para a sociedade e ver que ainda há preconceitos deste tipo e que nós, como legisladores, tenhamos que criar uma lei que puna com multa estabelecimentos que constranjam estas mães. Pode parecer inacreditável, mas infelizmente isso ainda acontece e esse projeto visa a impedir que mais mães passem por esse tipo de absurdo, garantindo um direito fundamental. Alimentar é um ato de amor e um privilégio, tem que ser garantido e incentivado, e não pode ser interpretado como indecência e proibido em qualquer lugar”, disse o vereador Carmo Luís, um dos autores do PL que segue agora para ser sancionado pelo prefeito e se tornar lei.